Diabetes Tipo 1: Um guia prático e informativo

Antes de falarmos qualquer coisa é importante que você entenda bem as características da doença.

No Diabetes tipo 1 o pâncreas não produz a insulina, hormônio responsável pela redução da glicemia, ao promover a entrada de glicose nas células do corpo.

Com a falta de insulina o corpo da pessoa deixa de conseguir utilizar o açúcar no sangue como fonte de energia. Consequentemente isso gera um aumento da glicemia (quantidade de açúcar no sangue).

E com isso aparece os sintomas característicos como: boca seca, sede constante e vontade de urinar frequentemente.

É mais comum que o diagnóstico do diabetes tipo 1 seja feito ainda durante a infância.

Além disso, é importante que você saiba que o DM1 é uma doença autoimune, ou seja, o próprio corpo destrói as células beta produtoras de insulina. O que acarreta no que comentei anteriormente, na falta de produção da insulina.

Sintomas

• Sede constante;

• Vontade frequente para urinar;

• Falta de energia, cansaço fora do normal;

• Aumento do apetite;

• Perda ou dificuldade de ganhar peso;

• Dor abdominal e vômitos;

• Visão turva, embaçada.

Mas e o Diabetes tipo 2? Quais são as diferenças?

A principal diferença entre o tipo 1 e 2 é a causa do aumento da glicemia.

No caso do tipo 2, o aumento do açúcar no sangue acontece não pela ausência de insulina mas sim pela resistência insulínica das células. Em palavras mais simples, o corpo ainda produz insulina mas as células não deixam que ela funcione como deveria.

Em alguns casos de agravamento do diabetes tipo 2 pode ser necessário a terapia com insulina.

Como você leu anteriormente, no caso do diabetes tipo 1 é diferente. O aumento da glicose no sangue se dá pela ausência de insulina e não pela resistência.

Outro aspecto importante de diferenciação é a causa das doenças.

No caso do diabetes tipo 1, o sistema imunológico ataca as células do pâncreas.

Em vez de ele somente proteger o nosso organismo ele resolve também atacar as células produtoras de insulina localizadas no pâncreas chamadas células beta. Este fato é denominado autoimunidade.

Com esse acontecimento, as células beta são destruídas e não produzem a insulina.

Por enquanto a medicina não sabe com exatidão o que desencadeia essa resposta autoimune.

Porém, a teoria mais aceita atualmente para o desenvolvimento do diabetes tipo 1 é a seguinte: O paciente entra em contato com um determinado vírus que tem semelhanças com as células beta produtoras de insulina.

O sistema imunológico então começa a destruir os vírus; porém, devido à grande semelhança entre o vírus e as células beta, o sistema imunológico começa equivocadamente a agredir também as células beta.

O que ainda não se sabe é quais os genes estão relacionados ao diabetes tipo 1 e também quais os vírus ou outros agentes que desencadeiam esse processo.

Por outro lado, no caso do diabetes tipo 2, a causa está relacionada com a interação entre o estilo de vida e fatores hereditários, surgindo em pessoas que possuem alimentação inadequada, obesas e que não realizam atividade física.

Como é feito o tratamento do Diabetes tipo 1?

O paciente com DM1 precisa fazer uso diário de insulina, de acordo com a orientação do endocrinologista, por toda a sua vida.

Embora a medicina esteja avançando em estudos que buscam a cura do diabetes, infelizmente isso ainda não é uma realidade.

Por isso que o tratamento do Diabetes não envolve a cura, mas sim a manutenção dos níveis de glicose no sangue para evitar o surgimento de complicações.

O maior problema não é o diabetes em si mas sim suas complicações.

Como dificuldade na cicatrização, problemas de visão, má circulação sanguínea ou insuficiência renal.

É importante lembrar também que embora o endocrinologista seja crucial para um bom tratamento, grande parte do controle do diabetes fica nas mãos do paciente.

Ter hábitos de vida saudáveis como uma alimentação correta e a prática de atividades físicas, são atitudes que nenhum médico poderá fazer por você mas que melhoram e muito o controle glicêmico.